2006/09/18

* H17 na Guarda (1.09.2006)

No dia 1 de Setembro a Paty, Russo, o Raul e eu fomos até à Guarda ver os H17-Circo Efímero, no âmbito do ACTO SEGUINTE- Festival de Teatro da Guarda.

"H17 está baseado em diversas técnicas circences, acrobacia, equilíbrio, contorcionismo, corda, trapézio e muito, muito humor. O espectáculo desenrola-se numa estrutura com 8 metros d altura em jeito de uma tenda de circo, mas com a forma de uma pirâmide".







Foi encantador saborear este espectáculo e constatar como a cultura já está entranhada nos cidadãos da Guarda! Havia pessoas de todas as idades, foi lindo de ver!...

Vamos lá a ver se daqui a pouco tempo também há uma revolução nas mentalidades albicas e se o pessoal deixa a televisão para passar a estar presente nos movimentos culturais da cidade! :)

6 comentários:

Stalker disse...

Sinto-me atraído e muito pela ideia da revolução nas mentalidades "albicas". Uma das coisas que podia acontecer e não acontece é os diversos portadores dessa inquietação aparecerem nos espectáculos e acontecimentos promovidos pelos "outros".

Teresa Preta disse...

Olá Stalker,

concordo plenamente!
Desde que cheguei a Castelo, depois dos 5 anos que estive fora, dei-me conta de que afinal até há CULTURA na cidade e tenho feito os possíveis para ir aos espectáculos dos "outros"...
Isto vai mudar, estou confiante!

Stalker disse...

Os sinais que tenho recolhido são ambivalentes. Se, por um lado, verifico que há instituições e pessoas que teimam em tentar produzir algo de consistente e de forma continuada, há uma ausência total de estratégia concelhia para a produção e programação cultural.

E embora eu acredite na capacidade de as pessoas terem a mudança nas suas mãos, verifico que é muito dificil, nesta área de actuação, alterar o estado de coisas sem um conjunto de princípios de base.

Como sabes, este é um sector muito vulnerável pois a sustentação de qualquer actividade cultural depende em muito da intervenção do Estado (via governo ou autarquias). Mas isto nem sequer é extraordinário no nosso país, pois os grandes negócios, seja em que sector, estão quase sempre sob o chapéu magnânimo do omnipresente Estado.

E mudar isto exige mais que a nossa confiança. Exige uma VISÃO! Onde é que ela está?

Teresa Preta disse...

Há, de facto, e nomeadamente no caso albicastrense, uma lacuna ao nível da programação cultural.

No entanto, e como referiste, há pessoas que abraçam projectos que têm tudo para serem bem sucedidos, excepto um tal apoio continuado do Estado. Obviamente que concordo que é fulcral a sua intervenção nesta actividade, no entanto, e visto que me parece que ELE não está para aí virado, somos nós, por mais pequeninos que sejamos, que temos de contribuir e CONFIAR que pouco a pouco chegamos lá!... à tal revolução das mentalidades albicas!

Quando a maioria dos albicastrenses tiver consciência do que se passa na sua cidade a nível cultural (e a maioria não a tem!), aí sim poderemos enfrentar o tal soberano e mostrar a nossa indignação.

Nesse sentido, julgo que o prioritário neste momento é fazer com que os cidadãos fiquem inquietos com o que não há e despertos para o que poderá haver! É nesse sentido que tenho CONFIANÇA!...

Porque é que o Fundão, Covilhã e Guarda têm uma Agenda Cultural mês após mês incomparavelmente melhor que a nossa? Porque há pessoas que acreditam e vão para a frente sem esperar pela tal ajuda que tarda a chegar...

Stalker disse...

Pois...sabes que só tens uma agenda cultural na Guarda e no Fundão exactamente porque há visão. Para além dos antecedentes, a Guarda e o seu município assumiu o investimento no TMG e deu poder a um programador que está a fazer o seu trabalho com relativas boas condições e com resultados cada vez mais visíveis. No caso do Fundão, é emergente mas há sinais cada vez mais fortes de uma compreensão do factor programação cultural como elemento distintivo e valorizador do concelho. Para além disso, abraçaram o IMAGO, que é o festival com maior projecção de toda a Beira Interior.

Eu também não desisto, embora tivesse muitas e boas razões para o fazer.

Teresa Preta disse...

Tens razão!

O que eu penso é que se a autarquia não tem visão, temos que empunhar de corpo e alma os nossos projectos até chegar o tal dia em que ela desperte do sono profundo em que vive...

Não sei, ainda não tenho "boas razões" para me apetecer desistir!
Ao que parece lidas com "eles" mais directamente e talvez até já te tenham frustrado muitas expectativas...

Agora lembrei-me que, de facto, na conferência de imprensa que demos no final da Especialização em Organização e Gestão de Eventos, levantámos essa questão nas rádios e jornais regionais... de que a Câmara de CB deveria ter um técnico/programador a tempo inteiro para estruturar e promover os eventos culturais da região!

Mas nunca obtivémos um feedback...